TI VERDE

O tema meio ambiente nunca foi tão discutido como nos dias atuais. Fatos como o aquecimento global, a crise energética, o uso indevido da água, a poluição, o consumo exacerbado, entre outros, vem estimulando várias áreas à preocupação pela busca de soluções e métodos de preservação para manter o mundo mais “verde”.
Sendo uma das áreas que mais degradam o meio ambiente por produzir muitos equipamentos que, na maioria das vezes, tornam-se descartáveis em pouca fração de tempo, a Tecnologia da Informação (TI) adotou um termo novo no mercado, a TI VERDE. A TI VERDE pode ser entendida como um conjunto de práticas para tornar mais sustentável e menos prejudicial o uso da computação.

domingo, 29 de novembro de 2009

Discutindo TI...

O tema meio ambiente nunca foi tão discutido pelas organizações. Movimentos como Protocolo de Kyoto, Eco-92, Rio+10 entre outros, fizeram com que a população despertasse para o cenário ambiental no qual estava inserida.


Sendo uma das áreas que mais degradam o meio ambiente por produzir muitos equipamentos que, na maioria das vezes, tornam-se descartáveis em pouca fração de tempo, a Tecnologia da Informação (TI) adotou um termo novo no mercado, a TI VERDE. A TI VERDE pode ser entendida como um conjunto de práticas para tornar mais sustentável e menos prejudicial o uso da computação.


Alguns acontecimentos como o aquecimento global, a crise energética, o uso indevido da água, a poluição, o consumo exacerbado entre outros, estimularam a sociedade a desenvolver práticas mais sustentáveis.

A partir dessas exigências as organizações vieram se remodelando para adaptar-se a essa nova realidade. No entanto, pesquisas mostram que muitas empresas não estão realmente preocupadas em serem ecologicamente corretas e sim, minimizar seus custos e alavancar a imagem da organização.


Apesar disso, a sociedade sai ganhando. No entanto, é necessário que cada um faça sua parte com simples atitudes cotidianas. Algumas medidas que podem minimizar os impactos ao meio ambiente são, por exemplo, o consumo consciente, uma vez que, o consumo desnecessário gera um grande volume de lixo que é lançado no meio ambiente, na maioria dos casos, sem nenhum tipo de tratamento. O lixo tecnológico, por sua vez, é um dos que mais poluem por possuir substâncias altamente tóxicas e por levarem muitos anos para se decompor no meio ambiente.


Assim, a TI Verde se tornou fundamental para o desenvolvimento sustentável, uma vez que, é necessário que haja o crescimento econômico aliada às políticas ambientais adequadas. Dessa forma, a sociedade precisa se conscientizar, e mais, por em prática atitudes ecologicamente corretas para minimizar as conseqüências ambientais catastróficas, como já se observa nos dias atuais.


Fonte Própria.

sábado, 28 de novembro de 2009

TI Verde – sustentabilidade e produtividade de mãos dadas

Por Bernardo Moura


A sustentabilidade nunca esteve tão em evidência como agora. Primeiro surgiu a necessidade de reciclar produtos e embalagens, depois a redução no consumo de água e, mais recentemente, a neutralização das emissões de carbono. Atualmente, a bola da vez quando o assunto nas empresas é o meio ambiente é a “TI Verde”.

As soluções verdes – ou a Green IT, como está sendo chamada no mercado internacional – são meios eficientes de manter a empresa competitiva, aliando uma postura de sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental no meio eletrônico. A diminuição no consumo de energia é a principal característica, mas há espaço também para a redução na necessidade de expansões da infraestrutura, o aumento de funcionalidades para os negócios e o atendimento às demandas dos clientes e às normas governamentais.

Segundo uma pesquisa recente realizada pela IBM com mais de mil executivos de 12 países, cerca de 50% das companhias em todo o mundo já implantaram algum tipo de medição de consumo de energia para infraestruturas de TI. No Brasil, este índice já alcança 66% das organizações, o que torna o País um dos mais preocupados quando o assunto é o consumo de eletricidade.

A questão vem sendo analisada com seriedade por muitos gestores de Tecnologia da Informação que colocam a conta de energia elétrica em segundo lugar na lista dos principais custos operacionais de companhias com datacenters internos. Entre as soluções estão a terceirização de processos e a virtualização de servidores, que permite a multiplicação de uma máquina real em várias virtuais.

Medidas como essas podem reduzir em cerca de 40% o consumo de energia das empresas. Mas existem ainda outras soluções, que dependem quase que exclusivamente da adoção de novos processos pelas companhias. Na área de seguros, por exemplo, já é possível emitir apólices assinadas eletronicamente, o que pode evitar o consumo exagerado de papel entre seguradoras, corretores e clientes.

Esses avanços tecnológicos são oferecidos por empresas que aprimoram constantemente sua arquitetura de sistemas e processos, buscando o desenvolvimento de ferramentas e softwares aplicativos mais eficientes às necessidades empresariais. Entre elas está a I4PRO, empresa especializada em TI para seguradoras.

É o que explica Mauricio Ghetler, diretor de Marketing I4PRO.

“A utilização de apólices assinadas eletronicamente podem gerar uma economia de papel também pode ser atingida através da interface diferenciada dos produtos, que permitem que os modelos de apresentação de consultas, relatórios e a geração de documentos assinados digitalmente evitem o consumo de papel”.

Entre as ferramentas que podem contribuir com o meio ambiente através da tecnologia estão ainda a otimização do modelo de dados corporativos que resulta em menor necessidade de armazenamento e a utilização inteligente de processos, processadores e seus “cores” que, com melhor balanceamento de carga, evitam picos de consumo de eletricidade, por exemplo. Outra alternativa de bom impacto é a utilização do browser como interface do usuário final, para otimização da carga de processamento na ponta. Sua leveza gera economia energética e isso se multiplica pelo número de usuários da corporação.

Neste cenário, fica difícil mensurar com exatidão os resultados positivos quanto à redução no consumo de energia e papel proporcionados pela tecnologia. Porém, se levarmos em consideração que uma seguradora de porte médio emita cerca de 4 mil apólices por mês, a redução média mensal no consumo de papel será de aproximadamente 100 mil folhas ou 500 quilos de papel.

Para se ter uma idéia de quanto isso representa, estudos indicam que para produzir uma tonelada de papéis novos são necessárias, em média, 22 árvores, 10 mil litros de água e 5 MW/hora de energia.

“Uma boa arquitetura de software pode representar passo importante na direção da TI verde. Investir em soluções para a redução no consumo de energia é fundamental, não apenas porque esses gastos retornam com a economia gerada, mas porque a sustentabilidade e a produtividade andam de mãos dadas.”

É o que indica Ghetler sobre a TI Verde, um importante instrumento de consolidação da sustentabilidade nas organizações.

Fonte: http://ecobriefing.wordpress.com/2009/06/10/ti-verde-sustentabilidade-e-produtividade-de-mos-dadas/

domingo, 22 de novembro de 2009

Definindo o Valor Ambiental da TI

O assunto "TI Verde" é geralmente focado em avaliar como a tecnologia causa impacto ambiental em uma empresa e o que é necessário fazer para reduzir esse dano. Entretanto, as áreas de TI também devem estar cientes dos fatores que constituem o impacto ambiental total da empresa e até que ponto a TI pode ser um peso ou uma vantagem?

Simon Mingay, Andrea Di Maio

Principais constatações
• A TI tem vários papéis quando se trata de aumentar ou reduzir o dano ambiental de uma empresa, que varia de acordo com o setor da indústria, produtos, serviços e processos de negócios.
• Há três graus de impacto ambiental de TI: o impacto da própria TI, o impacto da TI nas operações do negócio e na cadeia de abastecimento, e o impacto da TI no consumo de produtos e serviços.
• Apesar de diferentes setores da indústria tenderem a um equilíbrio diferente entre esses três graus, di-ferenças substanciais também podem ser encontradas dentro de um mesmo setor. Conseqüentemen-te, não é possível haver generalizações.

Recomendação
• Dê ao impacto ambiental um tratamento de business case (em termos de custos, benefícios e riscos) e use a mesma abordagem adotada por qualquer projeto intensivo de TI.

ANÁLISE
O que Você Precisa Saber
A TI tem uma área de cobertura muito mais ampla do que as iniciativas de TI verde costumam, em ge-ral, considerar. As áreas de TI devem articular os custos, benefícios e riscos que a tecnologia pode causar na política ambiental da empresa como um todo.
Ainda que a tentativa de tornar a TI mais verde deva continuar sendo uma preocupação, há áreas on-de a implementação de mais TI pode contribuir de forma significativa para tornar uma empresa mais susten-tável do ponto de vista ambiental.

Análise
O foco da TI verde está geralmente no fato de a informática ser um peso para o ambiente. Impactos negativos incluem o uso de substâncias perigosas, escassas ou não recicláveis; lixo eletrônico; alto consumo de energia; e emissões associadas ao resfriamento de equipamentos de alta potência. Isso significa que CIOs ou outros gerentes de TI que têm por objetivo fazer a TI verde, devem tentar alcançar, de modo geral, objeti-vos parecidos, independente da indústria a que possam pertencer.

Entretanto, a TI é somente uma das áreas que produz impactos ao ambiente dentro de uma empresa: criação de produto ou serviço, cadeia de abastecimento, produção, logística, distribuição, imóveis, desloca-mento, política de compra e vários outros processos consomem ou influenciam a energia e geram desperdí-cios. Os clientes da empresa também contribuem para a sua área de cobertura ambiental no modo em que usam ou consomem o produto ou serviço.

Entendendo a escala relativa do impacto ambiental para determinar onde a TI pode ter mais impacto

Da perspectiva do gerenciamento de TI de uma empresa, há três graus de impacto ambiental:
• O impacto de primeiro grau é aquele causado diretamente pela TI e pelas formas de comunicação u-sadas pela empresa. Isso inclui o lixo eletrônico e a distribuição de bens; consumo de recursos não renováveis, como energia usada no data center para computadores, equipamentos de impressão e de rede; a energia contida no ciclo de vida total de cada bem; e o comportamento do usuário.
• O impacto de segundo grau se refere às operações e à cadeia de abastecimento, independente de o resultado final ser um produto, serviço, ou uma combinação de um produto e um serviço. Isso inclui os efeitos ambientais do consumo de material e de energia; emissões ou desperdícios provenientes da produção e de todos os processos operacionais; consumo de papel para fins administrativos; energia elétrica, sistema de aquecimento e de refrigeração para prédios; transporte da força de trabalho e lo-comoção; frotas de veículos; impacto no supply chain; e coleta de lixo. O componente de energia de tudo isso se torna parte da "energia incorporada" em um produto ou serviço — isto é, a energia usada na sua fabricação e distribuição.
• O impacto de terceiro grau é o impacto ambiental na fase "em uso" ou na fase de entrega dos produ-tos e serviços da empresa — isto é, os impactos diretos da aquisição e uso dos produtos e serviços.

Alguns exemplos ajudam na explicação. Para um fabricante de automóveis, a energia gasta na montagem do automóvel, na produção de componentes pela sua cadeia de abastecimento e na remessa desses auto-móveis, na realização de pesquisa e desenvolvimento, e nos testes faz parte do segundo grau de impacto. A gasolina usada para os carros e as emissões de dióxido de carbono faz parte do terceiro grau. Finalmente, a TI que administra a fábrica, bem como todos os outros processos, constitui o primeiro grau do impacto.

Para um banco público, o segundo grau constitui principalmente o consumo de papel, transporte dos fun-cionários e ar condicionado usado nos escritórios. O terceiro grau está relacionado à emissão de carbono dos clientes: Eles precisam ir até os caixas? Eles podem fazer as coisas que precisam ser feitas de suas casas ou de seus escritórios?

Se alguém começar a observar a importância relativa de cada grau no impacto ambiental global da em-presa, as diferenças entre os setores da indústria são bastante impressionantes.

Isso é importante para avaliarmos a importância do impacto causado pela TI com relação às ativida-des de produção e de consumo. Na maioria das indústrias de produção onde há um significativo processa-mento de materiais ou onde o processo é particularmente intensivo quando se trata de energia, a contribuição de primeiro grau proporcionada pela TI à área de cobertura ambiental é muito pequena, o que sugere que a maior função da TI possa estar usando a TI para minimizar os efeitos do segundo e terceiro graus. Entretanto, a contribuição proporcionada pela TI à área de cobertura ambiental da empresa torna-se relevante em seto-res como o de serviços financeiros ou governo, onde o processamento e as transformações são na maioria das vezes relacionadas às informações ao invés de materiais, e onde o transporte ou os deslocamentos não sejam significativos, devido à natureza de suas operações. É claro que isso não pode ser generalizado mes-mo em um setor da indústria, pois cada empresa tem seu próprio perfil de impacto ambiental.

Entender onde as operações da empresa causam maior dano ambiental, bem como o impacto durante o ciclo de vida do produto ou serviço, do início ao fim, é um fator crítico para se determinar onde uma inter-venção pode trazer benefícios por meio de inovação e investimento.

Onde a aplicação da TI tem mais impacto?

A TI e a internet transformaram a sociedade e o mundo comercial. A TI já produz efeitos ambientais positivos significativos ao administrar organizações de forma eficiente e ao propiciar saúde e segurança am-biental, e outros sistemas de controle. ATI tem um papel importante ao aprimorar a sustentabilidade ambiental da nossa sociedade, economias, empresas e serviços públicos.

São várias as aplicações futuras da TI que podem melhorar a sustentabilidade ambiental:
• Base de dados de materiais e substâncias
• Administração de desperdícios
• Substituição de deslocamento
• Otimização nos transportes
• Sistemas de controle para aquecimento, energia elétrica e refrigeração
• Administração de energia
• Mecanização de sistemas de gerenciamento ambiental
• Administração de cadeia de abastecimento

O aspecto interessante é que a política de TI verde pode passar de uma obrigação para se tornar uma vantagem por meio da redução da emissão do carbono nos processos de produção e de consumo. Alguns exemplos incluem as tecnologias operacionais para melhorar os processos de produção e o consumo de e-nergia, mecanização, administração de frotas, aumento de serviços online para os clientes e para os funcio-nários a fim de minimizar a necessidade de deslocamento para locais específicos, serviços móveis que serão fornecidos onde e quando necessário, e assim por diante. Apesar de as preocupações ambientais não serem provavelmente um propulsor primário para os intensivos investimentos de TI, essas preocupações terão cada vez mais importância para dar suporte ao caso de negócio.

Observação 1. Áreas de Cobertura Ambiental de Diferentes Empresas

Em algumas indústrias do setor de produção, a proporção entre o primeiro e o segundo graus combi-nados é consideravelmente menor do que o terceiro grau, enquanto que em outras indústrias a proporção é o oposto. A Figura 1 mostra que diferentes indústrias possuem perfis diferentes e que provavelmente isso seja verdade para as indústrias de serviços em que níveis iguais de transporte estão envolvidos. Entretanto, a ilus-tração torna-se imprecisa para indústrias onde vários transportes ou frotas de veículos estejam envolvidos.


Data de Publicação: 5 de setembro de 2007

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

TI Verde gera nova vertente de carreira


Por: Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD

Como uma das grandes prestadoras de serviços e fornecedoras de infraestrutura, era de se esperar que a IBM implantasse iniciativas verdes. Com o projeto Big Green, que envolveu investimentos de um bilhão de dólares para o desenvolvimento de tecnologias e serviços “verdes”, a empresa buscou ingressar de vez na tendência.


Internacionalmente, o projeto gerou números significativos de economia. Com a consolidação de 3,9 mil servidores em cerca de 30 mainframes, houve uma redução de 80% no consumo. Um dos centros de tecnologia que estão incluídos nesse processo de adequação está localizado em Hortolândia (SP).

A IBM Brasil investiu na criação de uma área exclusiva para a comercialização de soluções verdes e otimização de TI, coordenada por Roberto Diniz, líder de soluções verdes e otimização de tecnologia. Diniz falou ao COMPUTERWORLD sobre o perfil do profissional responsável por iniciativas como essa.

COMPUTERWORLD - Que competências um profissional deve ter para liderar ou se envolver na área de TI Verde de uma organização?

Roberto Diniz - A primeira, uma das mais importantes, é gostar muito do que faz, ser um apaixonado. Tem que gostar da natureza, não adianta ter só um discurso. É preciso que seja genuíno. A segunda competência é entender muito de natureza e dos processos que levam à sua degradação. Engenheiros costumam ser bons nisso, principalmente os que têm formação na área ambiental, pois TI Verde fica na esquina entre meio ambiente e tecnologia. Claro, não dá para rotular o profissional como formado em uma carreira específica, todos podem aprender muito e entender muito do que estão falando.

CW - Se você tivesse que dar uma dica de formação para quem quer entrar na área, qual seria?

RD - O mais importante é entender dos processos e das questões técnicas, para poder ter um discurso com excelência. Não adianta falar que precisa salvar a natureza. Todo mundo concorda com isso, mas é importante saber como e fazer as pessoas entenderem as maneiras corretas, com as devidas explicações e contextualizações.

CW - Qualquer tipo de economia de energia pode ser considerada TI Verde, mesmo desconsiderando o descarte de materiais?

RD - De certa forma sim. Economizou energia, é TI Verde. É um dado bem técnico: qualquer geração de energia gera aquecimento global, seja hídrica, nuclear, carvão, óleo, gás, turbinas etc. Tecnologias. Mas se alguém trocou monitores de tubo por LCD para economizar energia elétrica e não cuidou do descarte adequado, fez 50% do dever de casa, pois pensou somente na economia de energia, dos custos.

CW - Como ensinar as pessoas a tomarem atitudes verdes nas pequenas atitudes do dia-a-dia?

RD - A primeira forma de fazer isso é mostrar detalhadamente os impactos de cada ação que essas pessoas tomam. O segundo ponto é ensinar para as pessoas o que fazer, pois a maioria delas não toma atitudes de forma correta quando se fala em meio ambiente.

CW - E que tipo de resistência as pessoas demonstram na hora de aplicar TI Verde?

RD - Falando do meio corporativo, a primeira resistência clássica vem daquele gestor que só pensa no curto prazo e que reduz tudo a variáveis financeiras simples. Se você vem com uma nova linha de ar condicionado que reduz gasto com energia, ele vai resistir porque gera custos imediatos de substituição. Tem que lidar bem com ele, explicar, conversar, ensinar que isso gera sustentabilidade ambiental e financeira. Isso é somente o básico.

CW - É difícil realizar esse tipo de convencimento?

RD - É bem difícil. É importante promover muitas campanhas e repetir diariamente as mesmas coisas. O processo de convencimento humano é assim, para conseguir uma mudança cultural, é importante martelar determinado assunto. O líder só pode se dar por satisfeito depois que começa a receber feedback, idéias de novas formas de economizar custos e preservar o meio-ambiente. No entanto, para ganhar defensores da idéia, reitero, ele tem que entender do que você está falando.

CW - Você tem um exemplo prático de convencimento?

RD - Todos sabemos que data center consome muita energia. Isso só piora se você não entende das melhores práticas. A simples falta de computadores pode pôr todo o esquema de fluxo de ar quente e frio a perder, gerando desperdício enorme. O que um técnico que não tem noções de TI Verde faz? Aumenta o ar condicionado para resolver. O que alguém com noções faz? Descobre a causa do aquecimento e vai na raíz do que originou o problema. Uma solução mais simples para resolver o problema de fluxo de ar tem um valor irrisório perto do que vai se economizar no futuro. Falei do básico, mas existe uma centena de outras medidas que devem ser planejadas pelos líderes para atingir esse objetivo.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/carreira/2009/03/27/ti-verde-gera-nova-vertente-de-carreira/

TI Verde: setor financeiro impulsiona políticas sustentáveis

Fundos de venture capital elegem área de tecnologias limpas como prioridade na busca por oportunidades. Bancos exigem das empresas práticas de responsabilidade ambiental para a concessão de crédito.

Por Rodrigo Caetano, da Computerworld

Se redução de custos é tudo em que você consegue pensar quando ouve a expressão TI verde, então prepare-se para conhecer o outro lado da sustentabilidade, bem mais lucrativo. É no sistema financeiro, especialmente em bancos e investidores de venture capital, onde estão as maiores oportunidades para tirar proveito das tecnologias limpas.

O mundo dos negócios está aprendendo a conviver com um antigo desafeto: o meio ambiente. Se antes o progresso significava derrubar árvores e abrir estradas, atualmente a evolução depende da renovação e do consumo consciente, produzindo com grande eficiência, mas sem desperdícios.

A percepção corporativa em relação à sustentabilidade também mudou. Em 1987, a Organização das Nações Unidas definiu desenvolvimento sustentável como “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras”. O trabalho de ambientalistas e estudiosos conseguiu mostrar para gestores e empreendedores que os recursos não são ilimitados e é preciso fazer algo agora para não ficar sem amanhã.

Mais do que isso, o desenvolvimento sustentável passou a ser um bom negócio. Para as corporações, o primeiro, e mais simples, atrativo das políticas “verdes” é a redução de custos. Produzir com menos recursos, sejam quais forem, garante margens maiores. E há quem enxergue além dessa conta simples e encontra, nessa onda de consciência ecológica, oportunidades para novos negócios e segmentos.

Os números do mercado de venture capital, a exemplo do tipo de investimento de risco realizado em empresas iniciantes, comprovam o movimento. Nos Estados Unidos e na Europa, as empresas que desenvolvem produtos de tecnologias limpas ultrapassaram os tradicionais setores de tecnologia da informação e biotecnologia em volume de investimentos recebidos. Só no terceiro trimestre deste ano, segundo a empresa de pesquisas Cleantech, especializada na área, foram disponibilizados 1,59 bilhão de dólares para esses tipos de companhias.

Caminho sem volta

Mas se a aposta de alguns investidores ousados não é suficiente para comprovar a força das tecnologias verdes, talvez a opinião do mega-investidor George Soros tenha um peso maior. O bilionário declarou recentemente que vai reservar 1 bilhão de dólares de seus recursos para iniciativas que ajudem no combate ao aquecimento global. A informação é do site de notícias Cnet.

O húngaro Soros ganhou notoriedade por suas atividades de especulação financeira. Segundo a revista norte-americana Forbes, o investidor está entre as 30 pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna estimada em 11 bilhões de dólares.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), Sidney Chameh, a realidade brasileira não é muito diferente da americana, apenas em níveis mais baixos. “A movimentação nos Estados Unidos é muito mais intensa, mas existe essa tendência no Brasil também”, afirma o executivo.

Assim como no caso americano, o governo é um grande incentivador das tecnologias limpas. Nos EUA, a política do presidente Barack Obama de atualizar as redes de energia, investindo nas chamadas redes inteligentes (smart grid), vem gerando diversas companhias inovadoras. Por aqui, o governo brasileiro, destaca Chameh, prepara o primeiro leilão de energia eólica do País para novembro deste ano.

Cerca de 10 bilhões de dólares, de acordo com Chameh, estão reservados, pelos fundos de venture capital e private equity, para investimentos no Brasil. O montante era bem maior — 27 bilhões de dólares — antes da crise financeira mundial, embora seja suficiente, afirma o executivo, para atender a demanda de projetos e sanear as atividades de inovação brasileiras.

A grande dificuldade dos participantes do mercado, tanto investidores quanto empreendedores, está na avaliação dos negócios. Mesmo com os sinais de retomada na economia, ainda está difícil prever com alguma margem de segurança o crescimento das empresas e o potencial de cada mercado.

Princípios do Equador

Mas não é apenas para empresas iniciantes que as tecnologias limpas ajudam na busca por recursos financeiros. As políticas de desenvolvimento sustentável, já faz algum tempo, estão se tornando pré-requisito para a tomada de empréstimos e financiamentos de empresas. Em 2002, como consequência de uma iniciativa do Banco Mundial, por meio do seu braço financeiro International Finance Corporation (IFC), os dez maiores bancos mundiais da época assinaram um documento para garantir que os projetos financiados fossem desenvolvidos de forma ambientalmente responsável.

Foram estabelecidos critérios mínimos para a concessão de crédito a empresas, denominados Princípios do Equador. Segundo Marcelo Vianna, sócio da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, é grande, atualmente, a exigência desse tipo de certificação por parte dos bancos brasileiros. “Se a empresa não cumpre determinado requisito, o banco costuma indicar a contratação de uma consultoria para resolver a questão, antes de liberar o crédito”, afirma.

Vianna ressalta que os critérios são mundialmente reconhecidos. “Os relatórios de sustentabilidade das empresas podem ser analisados em qualquer lugar do mundo”, diz. A demanda por auditoria na área de responsabilidade social e ambiental vem crescendo bastante no País, o que favorece muito a Deloitte.

A preocupação das empresas com a área ambiental pode ser comprovada, também, com números de uma pesquisa realizada este ano pela consultoria, com mais de 100 empresas que atuam no Brasil. Quase 50% dos pesquisados afirmaram que sua atividade principal afeta, de alguma forma, o meio ambiente. Mas, apenas 4% disseram não ter intenção de adotar práticas sustentáveis.

Segundo a mesma pesquisa, as medidas mais adotadas pelas empresas pesquisadas em relação à sustentabilidade são a racionalização do uso de recursos naturais (76%), programas de responsabilidade social para funcionários (72%) e programas de gerenciamento de resíduos (69%). Os programas de eficiência energética são adotados por 56% das companhias pesquisadas, enquanto 53% investem em tecnologias limpas.

As empresas pesquisas mostraram, ainda, que fatores relacionados a práticas sustentáveis, como adequação a controles ambientais e os investimentos do governo em fontes de energia limpa, impactam de forma relevante seus negócios. Ao mesmo tempo, apontaram diversos ganhos com a adoção de iniciativas sustentáveis, como a melhoria na imagem da empresa, conquista de mercado e aumento da produtividade.

O que a pesquisa comprova, segundo Vianna, é que existe uma forte pressão, especialmente vindo do segmento financeiro - sem falar dos clientes -, para a adoção de políticas de preservação ambiental. Além disso, as empresas enxergam os benefícios dessas iniciativas e têm intenção de adotá-las. Daí para o investimento em TI verde é apenas uma questão de oferta. E não demorará muito para que a procura por sistemas e equipamentos mais amigáveis ao meio ambiente se torne uma exigência.

http://computerworld.uol.com.br/gestao/2009/10/20/ti-verde-setor-financeiro-impulsiona-politicas-sustentaveis/

USP quer ser referência em TI verde

Por: Fabiana Monte, editora-assistente do Computerworld
Duzentos e vinte e nove cursos de graduação em 40 unidades e com 56 mil alunos. Na pós-graduação, são 30 programas e 22 mil discentes. Os números justificam o prestígio da Universidade de São Paulo (USP), responsável por 28% da produção científica brasileira, de acordo com dados da instituição, e por 10% de todos os programas de pós-graduação do Brasil.


Mas a universidade, que forma 2 mil doutores por ano, não parece satisfeita em ser referência apenas no mundo acadêmico. Quer mais, e está se posicionando firmemente no que diz respeito ao estabelecimento de políticas de TI Verde.

O primeiro passo foi dado em agosto 2007, com a criação de um comitê de sustentabilidade. Em dezembro, a universidade começou a se preocupar com o lixo eletrônico e, em 2008, estabeleceu uma parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) para criar um projeto focado no tema.

“Em junho daquele ano, fizemos uma campanha para todos os funcionários trazerem lixo eletrônico de casa, como CDs, monitores, celulares velhos. Recolhemos cinco toneladas em um dia”, relata Tereza Cristina Melo de Brito Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP.

A expectativa era fazer um pregão reverso do entulho e reinvestir os fundos no próprio projeto. Sete empresas de reciclagem foram consultadas, mas o valor máximo conseguido foi 1,2 mil reais. A experiência provou à professora que o processo de reciclagem de lixo eletrônico é mais complexo do que se imagina à primeira vista. Para de fato fazer dinheiro com o lixo tecnológico, é preciso separá-lo por tipo de material e não por categoria de equipamento. Fazendo isso, é possível vender a sucata para empresas de reciclagem especializadas.

Além disso, selecionar o entulho por tipo de material garante um fim mais sustentável, evitando que ele seja descartado em lixões comuns. Tereza estima que, ao adotar esse modelo de separação, é possível multiplicar por dez o valor obtido com a venda dos resíduos. A universidade está em vias de criar uma seção no CCE para fazer este trabalho. Serão necessários 300m² de área para abrigar equipamentos como trituradeira, compactador e balança.

O desafio, agora, é achar a equação exata entre o investimento e o volume de lixo necessários mensalmente para pagar garantir o retorno esperado. “Calculamos que, para fechar a conta, precisaremos de 500 micros por mês. Não vou conseguir essa quantidade só na USP, então, queremos abrir para familiares de funcionários e também para a comunidade. A idéia é que o projeto esteja implantado até outubro”, diz Tereza.

O parque de micros da USP soma 40 mil computadores, com ciclo de vida entre quatro e cinco anos. Cerca de 10% do total é trocado anualmente. A substituição de todas as máquinas resultaria em uma economia anual de 900 mil reais ou de 70 mil reais ao mês na conta de energia elétrica da universidade, de acordo com cálculos do MIT.

Selo verde

Parte das máquinas cuja vida útil chegou ao fim foi substituída, no fim do ano passado, por desktops e laptops da Itautec com o “Selo Verde” criado pela USP em dezembro. Os computadores foram desenvolvidos com especificações que garantem menor consumo de energia e seu processo de produção exclui o uso de substâncias tóxicas, como chumbo.

Tereza conta que o "Selo Verde" vale exclusivamente para os computadores da Itautec utilizados na instituição e não para toda a linha de produtos da fabricante. A intenção da universidade é promover, no longo prazo, a troca de todo o parque de informática por produtos ecológicos, incluindo impressoras e equipamentos de rede. “Temos poucos produtos ‘verdes’ no mercado”, lamenta a diretora do CCE, lembrando que a falta de políticas públicas não incentiva os fabricantes a desenvolverem produtos ambientalmente sustentáveis.

Virtualização

Na área de software, há algumas opções de produtos de virtualização que auxiliam a diminuir a conta de energia elétrica e a consequente emissão de carbono para a atmosfera. Ainda no primeiro semestre, a USP planeja virtualizar 16 servidores de seu data center, onde ficam hospedadas as 80 mil contas de correio eletrônico da universidade, além de sistemas corporativos – de matrícula, por exemplo – e as páginas das unidades de ensino e de pesquisa.

“Imagino que, com a virtualização consigamos diminuir em 30% a energia consumida atualmente”, prevê Alberto Camilli, diretor da divisão técnica de operação de infraestrutura do CCE. O objetivo principal é simplificar o gerenciamento dos servidores, tornando o processo mais dinâmico e flexível.

O processo de seleção dos fornecedores será por meio de edital e o projeto deve envolver investimentos de aproximadamente 500 mil reais. “Esse investimento se paga em menos de um ano”, comemora o diretor.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/999/12/31/usp-quer-ser-referencia-em-ti-verde/

Todos os componentes de um micro podem ser reaproveitados, evitando que afetem o meio ambiente

Por Paula Sato (novaescola@atleitor.com.br)

O lixo eletrônico é um dos grandes problemas da atualidade. Segundo dados do Greenpeace, por ano, são produzidos até 50 milhões de toneladas desse tipo de dejeto no mundo inteiro. E o volume vem crescendo em 5% ao ano na Europa. A questão principal não é a só que esse lixo ocupe muito espaço, o grande perigo é que a maior parte dos aparelhos eletrônicos usa em sua fabricação metais tóxicos, como mercúrio, chumbo e cádmio. "Quando um computador vai para o aterro sanitário, essas substâncias reagem com as águas da chuva e contaminam os afluentes e o solo", alerta Tereza Cristina Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Centro de Descarte e Reciclagem de Lixo Eletrônico da instituição.

Mais sobre reciclagem

A princípio, todos os componentes do microcomputador e do monitor podem ser reciclados. Até mesmo as substâncias tóxicas, como o chumbo, são reaproveitadas na confecção de novos produtos, como pigmentos e pisos cerâmicos. "A ideia é que, além de evitar que o metal contamine o solo, ele volte para a linha de produção. Assim, não é preciso tirar mais minérios da natureza", afirma Tereza Carvalho. Porém, no Brasil, ainda é muito difícil conseguir reciclar um aparelho inteiro. O que acontece é que, em geral, as empresas são especializadas na reutilização de apenas um tipo de material, como placas, plástico ou metais. Assim, quando uma máquina chega a esses lugares, o que interessa é aproveitado e o restante tem destinação incerta. É por isso que a USP está implantando o primeiro centro público de reciclagem de lixo eletrônico, que deve entrar em funcionamento em agosto. Lá, a equipe vai fazer a separação dos materiais e destiná-los para as empresas especializadas, fazendo com que nada seja descartado. "Existe uma falta de consciência sobre esse assunto, mas temos de pensar que, só em 2008, foram vendidos 12 milhões de computadores e que, daqui a cinco anos, eles vão virar sucata", diz a professora.

No Brasil, a questão da destinação de aparelhos elétricos começou a ser discutida só agora, com um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo e que prevê que os fabricantes, importadores e comerciantes sejam responsáveis por recolher e destinar o lixo eletrônico. Porém, Tereza Carvalho explica que a iniciativa é válida, mas não resolve o problema, já que trata apenas de computadores, monitores e produtos magnetizados. Sistemas de rede e parques de telefonia ficaram de fora. "Na Europa, que está bem avançada no assunto, desde 2002, existem leis que obrigam os fabricantes a se responsabilizar por todos os eletrônicos produzidos. Além disso, só podem ser fabricados micros verdes", diz a professora. Para um computador ser considerado verde, ele precisa ter um sistema de economia de energia, ser produzido dentro de padrões de gestão ambiental e não ter chumbo em sua composição. No Brasil, algumas marcas já oferecem essa opção, mas o mercado ainda é muito pequeno. "É muito importante divulgar o problema e alertar os consumidores para, primeiro, nunca darem aparelhos velhos aos sucateiros, que só vão retirar as partes que podem vender, o resto jogam fora. O ideal é que os usuários deveriam comprar apenas micros verdes. Se houver a demanda, todas as empresas vão ter que se adequar", finaliza Tereza Carvalho.

Quer saber mais?
Greenpeace - Greener Electronics (em inglês)

Fonte: http://revistaescola.abril.uol.com.br/ciencias/fundamentos/como-funciona-reciclagem-computadores-477630.shtml

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

TI Verde – Sustentabilidade e Produtividade de Mãos Dadas

Por Bernardo Moura

A sustentabilidade nunca esteve tão em evidência como agora. Primeiro surgiu a necessidade de reciclar produtos e embalagens, depois a redução no consumo de água e, mais recentemente, a neutralização das emissões de carbono. Atualmente, a bola da vez quando o assunto nas empresas é o meio ambiente é a “TI Verde”.

As soluções verdes – ou a Green IT, como está sendo chamada no mercado internacional – são meios eficientes de manter a empresa competitiva, aliando uma postura de sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental no meio eletrônico. A diminuição no consumo de energia é a principal característica, mas há espaço também para a redução na necessidade de expansões da infraestrutura, o aumento de funcionalidades para os negócios e o atendimento às demandas dos clientes e às normas governamentais.

Segundo uma pesquisa recente realizada pela IBM com mais de mil executivos de 12 países, cerca de 50% das companhias em todo o mundo já implantaram algum tipo de medição de consumo de energia para infraestruturas de TI. No Brasil, este índice já alcança 66% das organizações, o que torna o País um dos mais preocupados quando o assunto é o consumo de eletricidade.

A questão vem sendo analisada com seriedade por muitos gestores de Tecnologia da Informação que colocam a conta de energia elétrica em segundo lugar na lista dos principais custos operacionais de companhias com datacenters internos. Entre as soluções estão a terceirização de processos e a virtualização de servidores, que permite a multiplicação de uma máquina real em várias virtuais.

Medidas como essas podem reduzir em cerca de 40% o consumo de energia das empresas. Mas existem ainda outras soluções, que dependem quase que exclusivamente da adoção de novos processos pelas companhias. Na área de seguros, por exemplo, já é possível emitir apólices assinadas eletronicamente, o que pode evitar o consumo exagerado de papel entre seguradoras, corretores e clientes.

Esses avanços tecnológicos são oferecidos por empresas que aprimoram constantemente sua arquitetura de sistemas e processos, buscando o desenvolvimento de ferramentas e softwares aplicativos mais eficientes às necessidades empresariais. Entre elas está a I4PRO, empresa especializada em TI para seguradoras.

É o que explica Mauricio Ghetler, diretor de Marketing I4PRO.

“A utilização de apólices assinadas eletronicamente podem gerar uma economia de papel também pode ser atingida através da interface diferenciada dos produtos, que permitem que os modelos de apresentação de consultas, relatórios e a geração de documentos assinados digitalmente evitem o consumo de papel”.

Entre as ferramentas que podem contribuir com o meio ambiente através da tecnologia estão ainda a otimização do modelo de dados corporativos que resulta em menor necessidade de armazenamento e a utilização inteligente de processos, processadores e seus “cores” que, com melhor balanceamento de carga, evitam picos de consumo de eletricidade, por exemplo. Outra alternativa de bom impacto é a utilização do browser como interface do usuário final, para otimização da carga de processamento na ponta. Sua leveza gera economia energética e isso se multiplica pelo número de usuários da corporação.

Neste cenário, fica difícil mensurar com exatidão os resultados positivos quanto à redução no consumo de energia e papel proporcionados pela tecnologia. Porém, se levarmos em consideração que uma seguradora de porte médio emita cerca de 4 mil apólices por mês, a redução média mensal no consumo de papel será de aproximadamente 100 mil folhas ou 500 quilos de papel.

Para se ter uma idéia de quanto isso representa, estudos indicam que para produzir uma tonelada de papéis novos são necessárias, em média, 22 árvores, 10 mil litros de água e 5 MW/hora de energia.

“Uma boa arquitetura de software pode representar passo importante na direção da TI verde. Investir em soluções para a redução no consumo de energia é fundamental, não apenas porque esses gastos retornam com a economia gerada, mas porque a sustentabilidade e a produtividade andam de mãos dadas.”

É o que indica Ghetler sobre a TI Verde, um importante instrumento de consolidação da sustentabilidade nas organizações.

Fonte: http://ecobriefing.wordpress.com/2009/06/10/ti-verde-sustentabilidade-e-produtividade-de-mos-dadas/

terça-feira, 10 de novembro de 2009

PC de papelão é finalista em concurso de gadgets "verdes"

No dia 27 de fevereiro aconteceu em Nova York a Green Gadgets Conference 2009, que reuniu empresários, designers e visionários para dicutir o futuro da sustentabilidade para a indústria de eletrônicos de consumo. A conferência também premiou os melhores gadgets "verdes", escolhidos por internautas.

Foram escolhidos dez dos 50 finalistas, que puderam ser votados no site da competição, disponível pelo atalho http://tiny.cc/gXsd3. Os premiados receberam US$ 3 mil.



Um projeto que chamou bastante a atenção foi o Recompute, do americano Brenden Macaluso. O PC é feito de 12 placas de papelão, que formam uma estrutura resistente e totalmente adaptável às saídas normais de um computador. São três componentes eletrônicos pincipais: uma placa-mãe com processador e memória, fonte de energia e disco rígido. A idéia é que o usuário aproveite hardware já existente, como um teclado de outro computador, por exemplo.


O designer tcheco Petr Novak apresenta a Move Your Energy, uma cadeira de balanço tecnológica com uma lâmpada LED, específica para leitura, integrada. Um mecanismo cinético faz com que o movimento da cadeira produza energia para acender a lâmpada.

Um projeto inusitado é o D.I.Y. Light Electric Vehicle, do americano Scott Gibson, tem propósito educacional e serve como inspiração para atitudes ecológicas. O sistema solar móvel é feito a partir de reboques para bicicletas e pode ser transportado facilmente para eventos que reúnem muitas pessoas.

Blight é uma persiana que converte luz solar em energia elétrica. O projeto, do designer belga Vincent Gerkens, consiste em absorver a luz durante o dia e liberá-la à noite.

Outra proposta foi o BugPlug, da polonesa Kamil Jerzykowski. O gadget ajuda a economizar eletricidade prevenindo o consumo acidental ou desnecessário, com um sensor de movimento embutido que desliga todos os aparelhos conectados quando não detecta nenhum movimento.



Criada pelo alemão Felix Stark, a Bulb 2.0 é uma lâmpada fluorescente, que consome menos energia que as tradicionais, cujo diferencial para atrair os consumidores é o design.

 

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Inovação sustentável: Especialistas discutem o papel das tecnologias para o desenvolvimento sustentável

Como conduzir os esforços de inovação para uma economia sustentável? Foi essa a reflexão proposta por Ricardo Voltolini no Universo Qualidade, evento realizado em São Paulo, na última semana de agosto. Com o mote Inovação: pensar e agir diferente para liderar, o debate contou ainda com a participação de José Miguel Chaddad, consultor da Anpei – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, e Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife – (C.E.S.A.R).

Chaddad abordou a necessidade por inovação, sobretudo em um cenário de crise. Enquanto Meira ressaltou a importância da questão tecnológica para a evolução humana. Voltolini, por sua vez, trouxe para o debate a questão da sustentabilidade. Segundo ele, o esgotamento dos recursos naturais exige que repensemos os modelos de produção e consumo atuais. “A negação do processo de extração, produção e descarte, herdado da longínqua era industrial, deve ser o ponto de partida desse processo de mudança”, destaca.

Dessa forma, como tornar uma empresa competitiva em um cenário de fragilidade ambiental? A saída, segundo o consultor, é buscar a intersecção entre os interesses dos negócios, os da sociedade e os do planeta, além do fortalecimento nas relações com seus públicos de interesse. “As organizações terão que ser flexíveis, não fragmentadas, facilitar o diálogo, ser tolerantes às diferenças, menos hierárquicas, um tanto caóticas - porque um pouco de caos controlado ajuda na criação - e abertas à colaboração dos públicos de interesse”, conta.

Ainda de acordo com Voltolini, para que a mudança no modelo de desenvolvimento aconteça na prática, será necessário fazer uma transformação nos modelos mentais, que já pode ser vislumbrada pela crescente onda verde que se instala na pauta dos grandes investidores, mesmo a despeito da crise. A onda é baseada em duas fontes de pressão: a primeira provém do sentimento de que os limites do planeta vão restringir as operações de negócios, redesenhando mercados. Já a segunda resulta do crescente número de indivíduos sensíveis às questões ambientais. “Para atuar de modo sustentável, as empresas deverão investir em inovação, seja em tecnologias, serviços ou produtos. Elas terão quer ser vivas, educadoras, aprendizes e assemelhadas às estruturas dos sistemas biológicos”.

Algumas soluções no âmbito empresarial, de acordo com Voltolini, estão na redução da quantidade de matéria-prima e energia por unidade produzida, na desmaterialização de produtos, no investimento em ecodesign, na eliminação de sustâncias tóxicas e no aumento da vida útil dos produtos. Ele conta ainda que o conceito de inovação não implica necessariamente a criação de novos produtos, já que esse movimento demandaria ainda mais recursos naturais para sua produção, distanciando a transformação verde das condições de fornecimento do planeta.

Um dos cases inovadores destacados pelo especialista foi o restabelecimento da Nike, que saiu de um processo de acusações de irresponsabilidade social nos anos 1990, para a criação de um grupo de estratégias sustentáveis, que integrou os departamentos de inovação, designers, gerentes de produto e engenheiros. A empresa também implantou um planejamento participativo para estimular a sugestão de ideias, estabelecendo metas verdes. “Os resultados mostram que a fabricante de calçados conseguiu ter padrões elevados na redução de desperdícios e responsabilidade coletiva na fabricação, investindo na equação do sucesso pautada na geração de riqueza, equilíbrio ambiental e justiça social”, afirma.

Ponto para a Nike

A empresa criou uma linha de vestuário inteiramente à base de algodão orgânico, uma resposta para o histórico de produções dependentes da utilização do petróleo. Também livrou-se das toxinas químicas contidas em componentes de peças de borracha utilizados na fabricação de seus tênis; retirou completamente os solventes dos processos de manufatura e começou a pesquisar e utilizar materiais alternativos ao PVC em toda a sua linha de produtos.

Sustentabilidade em cinco etapas

Que o desenvolvimento sustentável está completamente atrelado aos ideiais de inovação Voltolini não tem dúvida. Para o especialista, no entanto, a implementação de uma cultura de inovação baseada na sustentabilidade faz parte de um processo que é gradual e deve passar necessariamente por cinco etapas:

· Escolher questões do seu negócio que repercutirão em seus clientes, procurando atender suas necessidades referentes as questões socioambientais.
· Envolver os fornecedores, para que as operações fiquem mais sustentáveis;
· Concentrar-se naquilo que a empresa conhece e faz melhor;
· Antecipar-se às mudanças transformando o que seriam desafios para os clientes em oportunidades de negócios,
· E capacitar seus funcionários, para que eles percebam as oportunidades e ajudem a construí-las.
·
O papel do consumidor também é fundamental para a formação desse cenário, o que já pode ser visto com o aumento do número de consumidores preocupados com as causas ambientais e dispostos a pagar mais por produtos e serviços verdes. Voltolini conta que o cenário é positivo em todo o mundo, inclusive no Brasil, e aposta na equivalência nos preços de produtos ecologicamente corretos aos convencionais, de origem poluente, no médio prazo. “Com uma procura maior por parte dos consumidores pelos produtos verdes, o movimento acontecerá pela simples lei de oferta e demanda: quanto mais as pessoas consomem, mais as empresas produzem, sendo maior a tendência de os preços se alinharem aos demais produtos do mercado, com a diferença que os produtos verdes têm um apelo forte de valor”.

Fonte: http://www.ideiasustentavel.com.br/destaques.php?codTemaDestaques=88&pagina= Inovação sustentável

Lixo Eletrônico em Excesso

30/10/2009 - 12h10
Por Redação da agência Fapesp
Há mais de dez anos tem crescido enormemente o uso de dispositivos eletrônicos portáteis, como computadores, telefones celulares e tocadores de música (primeiramente CD e, depois, arquivos digitais). Um dos resultados, que a princípio não parecia preocupante, é o acúmulo de lixo.

Eletrônicos hoje representam o tipo de resíduo sólido que mais cresce na maioria dos países, mesmo nos em desenvolvimento. Um dos grandes problemas de tal lixo está nas baterias, que contêm substâncias tóxicas e com grande potencial de agredir o ambiente.
Em artigo publicado na edição desta sexta-feira (30/10) da revista Science, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, comentam o problema e a ausência de políticas adequadas de reciclagem.

“O pequeno tamanho, a curta vida útil e os altos custos de reciclagem de tais produtos implicam que eles sejam comumente descartados sem muita preocupação com os impactos adversos disso para o ambiente e para a saúde pública”, apontam os autores.
Eles destacam que tais impactos ocorrem não apenas na hora de descartar os equipamentos eletrônicos, mas durante todo o ciclo de vida dos produtos, desde a fabricação ou mesmo antes, com a mineração dos metais pesados usados nas baterias.
“Isso cria riscos de toxicidade consideráveis em todo o mundo. Por exemplo, a concentração média de chumbo no sangue de crianças que vivem em Guiyu, na China, destino conhecido de lixo eletrônico, é de 15,2 microgramas por decilitro”, contam.
Segundo eles, não há nível seguro estabelecido para exposição ao chumbo, mas recomenda-se ação imediata para níveis acima de 15,2 microgramas por decilitro de sangue.
Os pesquisadores estimam que cada residência nos Estados Unidos guarde, em média, pelo menos quatro itens de lixo eletrônico pequenos (com 4,5 quilos ou menos) e entre dois e três itens grandes (com mais de 4,5 quilos). Isso representaria 747 milhões de itens, com peso superior a 1,36 milhão de toneladas.

O artigo aponta que, apesar do tamanho do problema, 67% da população no país não conhece as restrições e políticas voltadas para o descarte de lixo eletrônico. Além disso, segundo os autores, os Estados Unidos não contam com políticas públicas e fiscalização adequadas para a reciclagem e eliminação de substâncias danosas dos produtos eletrônicos.

Os pesquisadores pedem que os governos dos Estados Unidos e de outros países coloquem em prática medidas urgentes para lidar com os equipamentos eletrônicos descartados. Também destacam a necessidade de se buscar alternativas para os componentes que causem menos impactos à saúde humana e ao ambiente.
O artigo The electronics revolution: from e-wonderland to e-wasteland, de Oladele Ogunseitan e outros, pode ser lido por assinantes da Science -
http:// www.sciencemag.org(Envolverde/Agência Fapesp)