sábado, 19 de dezembro de 2009
Cop 15 aprova acordo difícil graças a um ardil diplomático
domingo, 13 de dezembro de 2009
Entenda a importância de um novo acordo sobre mudanças climáticas: Se emissão de gás-estufa continuar como está, temperatura sobe 3°C.
Fonte: G1. Disponível em: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1369022-17816,00-ENTENDA+A+IMPORTANCIA+DE+UM+NOVO+ACORDO+SOBRE+MUDANCAS+CLIMATICAS.html
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Fim de Ano: Comemore com Consciência
Evite papéis laminados e com purpurina, pois não podem ser reciclados;
Embrulhe os presentes em papéis simples e utilize o que sobrar para fazer suas próprias etiquetas de/para;
Envie cartões de Natal eletrônicos e previna o desperdício de papel;
- Pegue sacolas plásticas apenas quando necessário. Se possível, prefira os sacos de papel;
Utilize ornamentos naturais na decoração de Natal como pinhos e fibras;
Recicle latas e garrafas vazias depois das festas, além das embalagens de seus presentes;
Compre lembranças de Natal certificadas. Os selos de certificação garantem que os artigos foram produzidos de acordo com todas as leis do país, tanto ambientais como trabalhistas. Para produtos madeireiros procure o selo FSC;
Na hora da ceia, atente para a carne que for comprar. Cerca de 70% das áreas desmatadas no Brasil viram pastos. Para garantir que a carne que você come não vem desses pastos, procure o selo certificação Orgânico – IBD;
Disponível em: http://sustentabilidade.atarde.com.br/?p=135
domingo, 29 de novembro de 2009
Discutindo TI...
sábado, 28 de novembro de 2009
TI Verde – sustentabilidade e produtividade de mãos dadas
Fonte: http://ecobriefing.wordpress.com/2009/06/10/ti-verde-sustentabilidade-e-produtividade-de-mos-dadas/
domingo, 22 de novembro de 2009
Definindo o Valor Ambiental da TI
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
TI Verde gera nova vertente de carreira
CW - Qualquer tipo de economia de energia pode ser considerada TI Verde, mesmo desconsiderando o descarte de materiais?
RD - De certa forma sim. Economizou energia, é TI Verde. É um dado bem técnico: qualquer geração de energia gera aquecimento global, seja hídrica, nuclear, carvão, óleo, gás, turbinas etc. Tecnologias. Mas se alguém trocou monitores de tubo por LCD para economizar energia elétrica e não cuidou do descarte adequado, fez 50% do dever de casa, pois pensou somente na economia de energia, dos custos.
TI Verde: setor financeiro impulsiona políticas sustentáveis
Por Rodrigo Caetano, da Computerworld
USP quer ser referência em TI verde
Duzentos e vinte e nove cursos de graduação em 40 unidades e com 56 mil alunos. Na pós-graduação, são 30 programas e 22 mil discentes. Os números justificam o prestígio da Universidade de São Paulo (USP), responsável por 28% da produção científica brasileira, de acordo com dados da instituição, e por 10% de todos os programas de pós-graduação do Brasil.
Mas a universidade, que forma 2 mil doutores por ano, não parece satisfeita em ser referência apenas no mundo acadêmico. Quer mais, e está se posicionando firmemente no que diz respeito ao estabelecimento de políticas de TI Verde.
O primeiro passo foi dado em agosto 2007, com a criação de um comitê de sustentabilidade. Em dezembro, a universidade começou a se preocupar com o lixo eletrônico e, em 2008, estabeleceu uma parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) para criar um projeto focado no tema.
“Em junho daquele ano, fizemos uma campanha para todos os funcionários trazerem lixo eletrônico de casa, como CDs, monitores, celulares velhos. Recolhemos cinco toneladas em um dia”, relata Tereza Cristina Melo de Brito Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP.
A expectativa era fazer um pregão reverso do entulho e reinvestir os fundos no próprio projeto. Sete empresas de reciclagem foram consultadas, mas o valor máximo conseguido foi 1,2 mil reais. A experiência provou à professora que o processo de reciclagem de lixo eletrônico é mais complexo do que se imagina à primeira vista. Para de fato fazer dinheiro com o lixo tecnológico, é preciso separá-lo por tipo de material e não por categoria de equipamento. Fazendo isso, é possível vender a sucata para empresas de reciclagem especializadas.
Além disso, selecionar o entulho por tipo de material garante um fim mais sustentável, evitando que ele seja descartado em lixões comuns. Tereza estima que, ao adotar esse modelo de separação, é possível multiplicar por dez o valor obtido com a venda dos resíduos. A universidade está em vias de criar uma seção no CCE para fazer este trabalho. Serão necessários 300m² de área para abrigar equipamentos como trituradeira, compactador e balança.
O desafio, agora, é achar a equação exata entre o investimento e o volume de lixo necessários mensalmente para pagar garantir o retorno esperado. “Calculamos que, para fechar a conta, precisaremos de 500 micros por mês. Não vou conseguir essa quantidade só na USP, então, queremos abrir para familiares de funcionários e também para a comunidade. A idéia é que o projeto esteja implantado até outubro”, diz Tereza.
O parque de micros da USP soma 40 mil computadores, com ciclo de vida entre quatro e cinco anos. Cerca de 10% do total é trocado anualmente. A substituição de todas as máquinas resultaria em uma economia anual de 900 mil reais ou de 70 mil reais ao mês na conta de energia elétrica da universidade, de acordo com cálculos do MIT.
Selo verde
Parte das máquinas cuja vida útil chegou ao fim foi substituída, no fim do ano passado, por desktops e laptops da Itautec com o “Selo Verde” criado pela USP em dezembro. Os computadores foram desenvolvidos com especificações que garantem menor consumo de energia e seu processo de produção exclui o uso de substâncias tóxicas, como chumbo.
Tereza conta que o "Selo Verde" vale exclusivamente para os computadores da Itautec utilizados na instituição e não para toda a linha de produtos da fabricante. A intenção da universidade é promover, no longo prazo, a troca de todo o parque de informática por produtos ecológicos, incluindo impressoras e equipamentos de rede. “Temos poucos produtos ‘verdes’ no mercado”, lamenta a diretora do CCE, lembrando que a falta de políticas públicas não incentiva os fabricantes a desenvolverem produtos ambientalmente sustentáveis.
Virtualização
Na área de software, há algumas opções de produtos de virtualização que auxiliam a diminuir a conta de energia elétrica e a consequente emissão de carbono para a atmosfera. Ainda no primeiro semestre, a USP planeja virtualizar 16 servidores de seu data center, onde ficam hospedadas as 80 mil contas de correio eletrônico da universidade, além de sistemas corporativos – de matrícula, por exemplo – e as páginas das unidades de ensino e de pesquisa.
“Imagino que, com a virtualização consigamos diminuir em 30% a energia consumida atualmente”, prevê Alberto Camilli, diretor da divisão técnica de operação de infraestrutura do CCE. O objetivo principal é simplificar o gerenciamento dos servidores, tornando o processo mais dinâmico e flexível.
O processo de seleção dos fornecedores será por meio de edital e o projeto deve envolver investimentos de aproximadamente 500 mil reais. “Esse investimento se paga em menos de um ano”, comemora o diretor.
Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/999/12/31/usp-quer-ser-referencia-em-ti-verde/
Todos os componentes de um micro podem ser reaproveitados, evitando que afetem o meio ambiente
Mais sobre reciclagem
Quer saber mais?
Greenpeace - Greener Electronics (em inglês)
Fonte: http://revistaescola.abril.uol.com.br/ciencias/fundamentos/como-funciona-reciclagem-computadores-477630.shtml
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
TI Verde – Sustentabilidade e Produtividade de Mãos Dadas
Fonte: http://ecobriefing.wordpress.com/2009/06/10/ti-verde-sustentabilidade-e-produtividade-de-mos-dadas/
terça-feira, 10 de novembro de 2009
PC de papelão é finalista em concurso de gadgets "verdes"
Criada pelo alemão Felix Stark, a Bulb 2.0 é uma lâmpada fluorescente, que consome menos energia que as tradicionais, cujo diferencial para atrair os consumidores é o design.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Inovação sustentável: Especialistas discutem o papel das tecnologias para o desenvolvimento sustentável
Chaddad abordou a necessidade por inovação, sobretudo em um cenário de crise. Enquanto Meira ressaltou a importância da questão tecnológica para a evolução humana. Voltolini, por sua vez, trouxe para o debate a questão da sustentabilidade. Segundo ele, o esgotamento dos recursos naturais exige que repensemos os modelos de produção e consumo atuais. “A negação do processo de extração, produção e descarte, herdado da longínqua era industrial, deve ser o ponto de partida desse processo de mudança”, destaca.
Dessa forma, como tornar uma empresa competitiva em um cenário de fragilidade ambiental? A saída, segundo o consultor, é buscar a intersecção entre os interesses dos negócios, os da sociedade e os do planeta, além do fortalecimento nas relações com seus públicos de interesse. “As organizações terão que ser flexíveis, não fragmentadas, facilitar o diálogo, ser tolerantes às diferenças, menos hierárquicas, um tanto caóticas - porque um pouco de caos controlado ajuda na criação - e abertas à colaboração dos públicos de interesse”, conta.
Ainda de acordo com Voltolini, para que a mudança no modelo de desenvolvimento aconteça na prática, será necessário fazer uma transformação nos modelos mentais, que já pode ser vislumbrada pela crescente onda verde que se instala na pauta dos grandes investidores, mesmo a despeito da crise. A onda é baseada em duas fontes de pressão: a primeira provém do sentimento de que os limites do planeta vão restringir as operações de negócios, redesenhando mercados. Já a segunda resulta do crescente número de indivíduos sensíveis às questões ambientais. “Para atuar de modo sustentável, as empresas deverão investir em inovação, seja em tecnologias, serviços ou produtos. Elas terão quer ser vivas, educadoras, aprendizes e assemelhadas às estruturas dos sistemas biológicos”.
Algumas soluções no âmbito empresarial, de acordo com Voltolini, estão na redução da quantidade de matéria-prima e energia por unidade produzida, na desmaterialização de produtos, no investimento em ecodesign, na eliminação de sustâncias tóxicas e no aumento da vida útil dos produtos. Ele conta ainda que o conceito de inovação não implica necessariamente a criação de novos produtos, já que esse movimento demandaria ainda mais recursos naturais para sua produção, distanciando a transformação verde das condições de fornecimento do planeta.
Um dos cases inovadores destacados pelo especialista foi o restabelecimento da Nike, que saiu de um processo de acusações de irresponsabilidade social nos anos 1990, para a criação de um grupo de estratégias sustentáveis, que integrou os departamentos de inovação, designers, gerentes de produto e engenheiros. A empresa também implantou um planejamento participativo para estimular a sugestão de ideias, estabelecendo metas verdes. “Os resultados mostram que a fabricante de calçados conseguiu ter padrões elevados na redução de desperdícios e responsabilidade coletiva na fabricação, investindo na equação do sucesso pautada na geração de riqueza, equilíbrio ambiental e justiça social”, afirma.
Ponto para a Nike
A empresa criou uma linha de vestuário inteiramente à base de algodão orgânico, uma resposta para o histórico de produções dependentes da utilização do petróleo. Também livrou-se das toxinas químicas contidas em componentes de peças de borracha utilizados na fabricação de seus tênis; retirou completamente os solventes dos processos de manufatura e começou a pesquisar e utilizar materiais alternativos ao PVC em toda a sua linha de produtos.
Sustentabilidade em cinco etapas
Que o desenvolvimento sustentável está completamente atrelado aos ideiais de inovação Voltolini não tem dúvida. Para o especialista, no entanto, a implementação de uma cultura de inovação baseada na sustentabilidade faz parte de um processo que é gradual e deve passar necessariamente por cinco etapas:
· Escolher questões do seu negócio que repercutirão em seus clientes, procurando atender suas necessidades referentes as questões socioambientais.
· Envolver os fornecedores, para que as operações fiquem mais sustentáveis;
· Concentrar-se naquilo que a empresa conhece e faz melhor;
· Antecipar-se às mudanças transformando o que seriam desafios para os clientes em oportunidades de negócios,
· E capacitar seus funcionários, para que eles percebam as oportunidades e ajudem a construí-las.
·
O papel do consumidor também é fundamental para a formação desse cenário, o que já pode ser visto com o aumento do número de consumidores preocupados com as causas ambientais e dispostos a pagar mais por produtos e serviços verdes. Voltolini conta que o cenário é positivo em todo o mundo, inclusive no Brasil, e aposta na equivalência nos preços de produtos ecologicamente corretos aos convencionais, de origem poluente, no médio prazo. “Com uma procura maior por parte dos consumidores pelos produtos verdes, o movimento acontecerá pela simples lei de oferta e demanda: quanto mais as pessoas consomem, mais as empresas produzem, sendo maior a tendência de os preços se alinharem aos demais produtos do mercado, com a diferença que os produtos verdes têm um apelo forte de valor”.
Fonte: http://www.ideiasustentavel.com.br/destaques.php?codTemaDestaques=88&pagina= Inovação sustentável
Lixo Eletrônico em Excesso
Eletrônicos hoje representam o tipo de resíduo sólido que mais cresce na maioria dos países, mesmo nos em desenvolvimento. Um dos grandes problemas de tal lixo está nas baterias, que contêm substâncias tóxicas e com grande potencial de agredir o ambiente.
“O pequeno tamanho, a curta vida útil e os altos custos de reciclagem de tais produtos implicam que eles sejam comumente descartados sem muita preocupação com os impactos adversos disso para o ambiente e para a saúde pública”, apontam os autores.
O artigo aponta que, apesar do tamanho do problema, 67% da população no país não conhece as restrições e políticas voltadas para o descarte de lixo eletrônico. Além disso, segundo os autores, os Estados Unidos não contam com políticas públicas e fiscalização adequadas para a reciclagem e eliminação de substâncias danosas dos produtos eletrônicos.
Os pesquisadores pedem que os governos dos Estados Unidos e de outros países coloquem em prática medidas urgentes para lidar com os equipamentos eletrônicos descartados. Também destacam a necessidade de se buscar alternativas para os componentes que causem menos impactos à saúde humana e ao ambiente.
http:// www.sciencemag.org(Envolverde/Agência Fapesp)
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
TI também começa a ficar verde
Um tema que começa a chamar atenção é o consumo de energia nos data centers. Antes relegada a segundo ou terceiros planos, uma série de estudos mostrando uma situação no mínimo preocupante, está colocando o tema na tela do radar dos CIOs. É verdade que ainda está no cantinho, mas em breve deverá se deslocar para o centro da tela.
Um recente estudo (fevereiro de 2007) produzido pelo Lawrence Berkeley National Laboratory mostrou que à medida que os servidores tornamse mais poderosos, demandam mais energia e que este consumo já representa cerca de 1,2% de todo o consumo de eletricidade dos EUA.
O Gartner Group cita que em 2010, cerca de metade das empresas listadas na relação Forbes 2000 estarão gastando mais dinheiro com energia que com os seus computadores. O gasto com energia, segundo o Gartner, que corresponde hoje em média a 10% dos orçamentos de TI, chegarão a 50% em alguns anos. Outro estudo, este de uma empresa de energia americana, a Pacific Gas & Electric (PG&E) diz que os data centers demandam 50 vezes mais energia por metro quadrado que um escritório.
O Gartner vai além e diz que, em média, de 30% a 60% da energia demandada em um data
center é desperdiçada. E lembra que TI está hoje como a indústria automotiva estava há 20 anos: começando a ser pressionada por maior eficiência energética.
Diante deste quadro os analistas começam a chamar atenção para o gasto com energia (dos servidores e dos equipamentos de refrigeração) e dizem que em breve os CFOs estarão bem mais preocupados com o assunto e consequentemente os CIOs serão pressionados para tomar medidas efetivas para reduzir este gasto. Alguns países estão começando a estudar legislações que visem incentivar e em alguns casos mesmo a obrigar os data centers a serem mais eficientes em consumo de energia.
O que pode ser feito? Bem, o primeiro passo é aproveitar melhor os servidores já instalados. De maneira geral com o paradigma do modelo distribuído, que muitas vezes chegou ao excesso de termos uma aplicação por servidor, o uso médio de uma máquina destas situa-se apenas em torno dos 5% a 15%! O IDC estima que o excesso de capacidade instalada na base mundial de servidores equivale a um valor de 140 bilhões de dólares. O IDC também calcula que globalmente, as empresas estarão gastando cerca de 29 bilhões de dólares com energia relacionada com TI e que este gasto deve aumentar a uma taxa de pelo menos 54% ao ano. Por que este valor tão alto? Basta imaginar que o IDC estima que haverá cerca de 35 milhões de servidores em 2009... E não estamos contando com o impacto da emissão de gases efeito estufa no aquecimento global.
Entre as tecnologias que vão ganhar muito impulso neste contexto citamos virtualização, consolidação de servidores e data centers, e blades. Também a discussão thin clients versus Full PCs começará a ter outro apelo. Uma máquina thin client é bem mais eficiente no consumo de energia e muitas vezes pode substituir PCs com vantagens. Multiplicando esta eficiência por 2 mil ou 5 mil máquinas tem-se aí um belo número.
TI verde: 5 dicas para tornar sua empresa sustentável
1. Crie ambientes que tornem viável para projetos com foco em sustentabilidade
Os profissionais de TI vão ter que pensar em como suas decisões causam impacto no projeto de sustentabilidade e, conseqüentemente, na forma em que as instalações da empresa afetam a infra-estruturar tecnológica.
“O impacto é grande nos tipos de dispostivios usados, no local onde as pessoas serão alocadas, assim como nos espaços de trabalho que são desenhados, entre outras questões”, explica Gammon. O departamento de tecnologia também precisa entender melhor a infra-estrutura complexas usadas para a manutenção de prédios inteligentes.
De acordo com Nesler, os técnicos de TI devem entender as métricas e os sistemas de monitoramento que estão por trás dos edifícios sustentáveis e entender, com clareza, que eles possuem requisitos diferentes de outros sistemas relacionados aos computadores. “Você não pode resetar um ar condicionado da mesma forma que faz com um servidor", diz. "Há questões de segurança e de saúde ligadas ao uso do equipamento. Se o profissional olhar somente para o console de sistema, pode levar em consideração todas essas variáveis".
2. Mantenha regras que controlem as emissões de carbono
A TI passar a ter, também, a responsabilidade de cortar as emissões de carbono da empresa, mesmo aquelas que precisam manter uma rede de logística vasta. Assim, alguém da área de tecnologia deve entender de carbono e saber mensurá-lo nos produtos e processos por toda a companhia, diz Adrian Bowles, da Datamonitor. Assim, a área de TI terá de colaborar com outras unidades de negócios para calcular, capturar e reportar todas as atividades de compra e saídas feitas por diversos departamentos. Ou seja, dentro do próprio departamento de tecnologia, por exemplo, pode-se avaliar quanto o desenvolvimento de uma aplicação vai emitir de carbono com a energia gasta com hardware em testes. Todas as unidades possuem suas próprias questões do gênero. “Assim, o profissional de TI precisará entender a economia e as implicações do gerenciamento de carbono: o que é monitorado hoje, o que deveria ser monitorado e quais serão as demandas do futuro que também precisarão ser observadas", explica Bowles. "Não dá para gerenciar o que não se consegue medir".
3. Procure se adequar às regulamentações ligadas ao meio-ambiente
Os líderes de tecnologia estão se deparando com leis e regulações que impactam tudo o que a TI produz, compra, descarta e emite de carbono. No Brasil, as iniciativas existem, mas ainda são incipientes. A regulamentação que existe no mundo é um excelente parâmetro, sobretudo pelo seu rigor, embora sejam realistas quando à possibilidade de se adotar uma postura mais verde e sustentável, sem impacto nos negócios.
4. Adote políticas de gerenciamento de energia
Os profissionais da área de TI devem desenvolver um melhor entendimento sobre a necessidade de energia de toda a organização e como as pessoas se relacionam com os dispositivos elétricos, diz o diretor de marketing e ecotecnologia da Intel, John Skinner.
Os empresários reconhecem que a maior parte das companhias já possui pessoal específico para cuidar da conta de energia, mas acredita que os profissionais de TI é que deverão se envolver com a área e em tecnologias que começam a despontar, como a virtualização. Além de desenvolver sistemas de monitoramento, criar data centers eficientes, pensar na tendência das redes inteligentes de energia elétrica e em seus requisitos, os profissionais também devem lidar com uma situação em que a alimentação não é suficiente para atender às necessidades da empresa em determinados locais. “A menor disponibilidade de energia também é algo que exigirá grandes esforços dos profissionais", afirma o analista sênior da Datamonitor, Vuk Trifkovic.
5. Reconstrua as habilidades já existentes
Análises de negócios: as empresas terão de incluir em suas soluções de análises de negócios módulos que direcionem projetos verdes. Para fazer isso, elas terão de determinar o que deve ser analisado e como apresentar os resultados e informações.
Gerenciamento de mudanças: mudar significa deixar o que já está definido para ações como, desligar monitores ao deixar o posto de trabalho, abandonar o scanner que fica sob a mesa, entre outras questões. É necessário entender como influenciar as pessoas para comprar a idéia da sustentabilidade.
Telecomunicações: os departamentos de TI imploram por especialistas na área, segundo Bammons. As iniciativas verdes também devem incluir redução de viagens, o que se traduz na necessidade de soluções avançadas de comunicações. A implantação de infra-estrutura para possibilitar o trabalho remoto também conta muitos pontos.
Gerenciamento de ativos: as empresas começaram a analisar produtos com critérios verdes. Com isso, os líderes de TI precisam considerar novos fatores ao calcular o custo total de propriedade de seus ativos. Eles terão de considerar a quantidade de gases tóxicos que o ativo produz, além da eletricidade que consomem e o custo para realizar um descarte ecologicamente correto no final do ciclo de vida.
Desenvolvido por Computerworld/EUA
05 de outubro de 2009 - 07h00
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2009/10/04/ti-verde-5-dicas-para-manter-sua-empresa-sustentavel/
Sustentabilidade em TI: indo além da “TI Verde”
Atualmente este conceito vem sendo fortemente associado à preservação do meio ambiente, que por si só não traduz sustentabilidade. O desenvolvimento sustentável se dá em três aspectos: econômico, social e ambiental, crescendo à medida que a interseção destes aumenta.
Em outro eixo, temos a área de TI – Tecnologia da Informação. A TI hoje impulsiona e suporta o desenvolvimento mundial, provendo informação e conhecimento para o crescimento das organizações. Influenciado por isto, existe uma demanda constante de mão-de-obra, onde sobram ofertas de emprego e faltam profissionais com qualificação ou capacidade de “aprendizado digital”. Esta aceleração é alimentada pela alta competitividade das empresas de ponta e seus investimentos em inovação.
Comumente, todo este processo consome recursos naturais, estrangula a capacidade intelectual dos profissionais e gera grande volume de recursos obsoletos.
Em TI, a sustentabilidade deveria estar na pauta diária dos CIO’s. Ainda há uma maioria significativa que possui entendimento simplista do tema, associando-o a um requisito de redução de energia e de impactos ambientais (com descarte de itens eletrônicos nocivos ao meio ambiente) – a chamada TI Verde.
No próprio aspecto ambiental, são avaliados meios para o descarte adequado, reduzindo a contaminação pela decomposição de metais (principalmente chumbo e cobre). Também buscam a substituição de periféricos por outros de mesmo potencial, mas com menor consumo de energia e menor emissão de gases poluentes.
Uma solução mais completa e eficiente deveria levar em consideração o uso de soluções como Cloud Computing, Thin Client, Leasing Back, SaaS e Outsourcing (de pessoas e/ou processos), resultando em menos hardware próprio, menos processamento e menos consumo de energia – sem perda de qualidade ou capacidade no atendimento dos níveis de serviço estabelecidos. Estas ações trazem resultados diretos no aspecto econômico. Além dos ganhos com a redução do consumo de energia, isto também promove ganhos consideráveis sobre o TCO – Total Cost of Ownership. O TCO é um cálculo que contempla todos os custos envolvidos ao longo do ciclo de vida de uma solução de TI, incluindo: custos do hardware e das licenças de software, amortização, manutenção, upgrades, suporte técnico, tempo ocioso por falhas (downtime), segurança (vírus, denial of service, back-up, restaurações, etc.), treinamento, administração, tempo de operação. Estes ganhos se traduzem em ecoeficiência.
Cada vez mais, percebe-se a importância das pessoas nas empresas, principalmente em TI onde pesa o capital intelectual. Sob o equilíbrio da sustentabilidade, o aspecto social não tem recebido igual atenção – salvo quando diretamente ligado à questão econômica, alimentando os princípios do modelo criticado pela ONU. Um exemplo disto é o outsourcing “não-estruturado”, conhecido como body shopping, onde os profissionais são contratados e são “largados” junto aos clientes, órfãos dos propósitos e princípios da sua contratante e com a responsabilidade de uma atuação individualista sob a ótica da organização. Em alguns casos nem mesmo as leis trabalhistas são respeitadas.
Mais do que capacitar ou incluir no meio digital, a responsabilidade social em TI está ligada a um propósito mais humanístico, capaz de promover o indivíduo em seu desenvolvimento físico, mental, emocional e espiritual, respeitando suas relações e as condições culturais e políticas envolvidas.
Se o conceito de sustentabilidade é um caminho racional também para a área de TI, a pergunta que fica é: por que ainda não está sendo amplamente aplicado? Não há uma resposta exata, mas pode-se elencar algumas possíveis:
• Resistência a mudanças;
• Falta de planejamento (estratégico) para TI e visão sistêmica;
• Prioridade na solução dos problemas e não nas causas;
• Ausência de uma cultura voltada para a excelência;
• Adequação superficial às inovações.
Não faltam motivos para explicar a atual “insustentabilidade” da TI por parte de inúmeras organizações, o que não justifica ser conivente com isto. É necessário ter sabedoria para usufruir dos mecanismos existentes e coragem para agir, com liderança, constância de propósitos e senso de urgência.
A sustentabilidade em TI representa a capacidade da empresa em gerir seus ativos tecnológicos de forma eficiente, mantendo o equilíbrio com a sociedade e o meio ambiente e isto está muito além de frases prontas e ganhos publicitários: está diretamente ligado à relevância da TI (a tecnologia e a informação) à visão de futuro das organizações envolvidas.
Um novo e seleto grupo de empresas se forma: são empresas que planejam seus objetivos além dos aspectos econômico-financeiros, tendo o desenvolvimento sustentável como alicerce. Elas exprimem o real sentido de sua existência e empregam energia para disseminar estas diretivas por todas as áreas da corporação.
Alex Prado
Formado em Engenharia de Software, pós-graduado em Gestão e TI e MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/sustentabilidade_em_ti/26614/